sexta-feira, 17 de junho de 2011

Primeiro de maio

Eu me lembro, quase sem lembranças,
Do primeiro de maio.
Sangrado por tantas lágrimas
Naquela noite, bêbada e machucada.
Tu pedias para que eu te amasse
Eu quase sem força
Tentava entender, desesperada
Porque tanto me enganava.
Os olhos cansados
Secavam as lágrimas.
Ferida aberta
E recém criada.
E por fim,
Tu derramaste lágrimas.
E por um momento,
Olhei dentro daqueles olhos lindos.

Que ainda mentiam
Que ainda me enganavam
E ainda me machucavam. O dia amanhecia,
Tu não me deixavas ir...
E eu me perguntava: O que queres de mim?
E hoje, nem maio,
Nem dezembro:
O que queres de mim?
Temes me olhar.
Temes conversar.
Teu coração bate?
Eu te faço ferir?
Querido, sente-se.
Primeiro de maio está tão longe.
Se hoje é tu quem choras
Amanhã, eu quem lhe farei sorrir.

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