terça-feira, 13 de abril de 2010

Pequenina

Desceu as escadas de sua casa.
Era de manhã, olhou a sua volta.
Paisagem flutuante.
Caminhou sozinha até pergar seu ônibus.
Não queria falar, e nem pensar.
Aquilo doía, ardia.
Lembrou-se de que aquele ônibus preto,
Poderia ser a morte.
E lamentou-se por não ser.
Engoliu tantas lágrimas,
E carregava tantas outras em seu olhar.
Notava-se que estava perdida.
Não acreditava mais em si.
Oh pequenina!
O que será que tinha acontecido?
Tão nova! Tão feliz!
Entendi então que aquela menina,
Amava.
E por amar,
Sofria.