sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pássaro cor de infinito

Todo dia
Um pássaro preto
Pousa em minha mente
Vem cantando
Importuno
Denigre tudo que há em mim
Mas eu o espanto
- Vá embora exímio degradador!
Doidivanas... Ele volta
Vem com mais uma dor.
Vem pequeno,
E expande-se
Com toda impureza de suas belas asas
Arruína minha vista
E não me perde de vista.
Faz parte da nova paisagem
E faz um negrume em minha meta.
- Vá embora núncio de acabrunhamentos!
Parte o negreiro, foi pra Vera Cruz
Num instante inexato da fadiga e da dor
Provém,
Faz falta o preto
Da paisagem colorida
Do encanto partido
Da dor acompanhada
Em desespero da falta do amado
Que facécia! Que falência!
É cruenta a ausência
Da presença do que lhe acompanha
Em dor.

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