sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Estupidamente vazio

Respiração já não se ouvia
Coração tampouco batia
Sorriso sem dentes
Olhos molhados
Nada além de casca
Casca podre
Que não serve pra nada
Que queima
Que abandona o rostinho mais sincero
Que pede pra partir e não sabe dizer adeus
Que já não está inteiro
Mas sim, em pedacinhos pequenos
Tão pequenos
Que não significam mais nada...
Pra ninguém.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Não dá mais

Seus cabelos quase dourados
Faz-te brilhar ainda mais...
Em qualquer lugar
E no meu mundo, ah
És tão raro,
Tão reluzente,
Que ele pára
E repara nos teus movimentos.
Sei que pedes num olhar
Que eu te veja estrelar
Um tombo, ou algo mais
Ainda não viu
Que sempre orgulho-me
Do que não é meu
Mas que sim,
Faz parte de mim.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Alucinações da saudade

(Fora escrito com a ajuda do meu querido, Pedro Diniz)

Estou queimando feito em chamas
Minha cama movimenta-se freneticamente
Junto ao meu suor.
Acordo desesperado e lembro do que sonhei
Tudo era tão lindo, e
Enquanto, numa questão de segundos
Você partiu...
Levando as flores despedaçadas
O coração partido
E um solene sorriso de saudade.
Deixando uma dor que já não tem nome
Não tem sabor, e sangra
Sangra o sangue mais amargo e
Engana um coração que precisa de carinho.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ofusco

De repente,
O Sol se fechou.
A luz apagou.
E ele virou as costas.

O mar parou,
Perdeu as forças,
E não sorriu.

Inundou,
Num devasto mundo azul
Com toda lágrima

Que guardava a um tempo longínquo.

De dor, desespero e
Saudade.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um jardineiro negligente

E dessas flores, José
Qual é a mais bonita?

Desvendas num
Encanto partido
A dor serena

Engole-te sem mastigar
Esse amargo gosto de ferida

E você, José
Por que demonstras que não me quer?

Adoça-te a boca
Com outra saliva
Engana-te boba
A malfeita comida

E se o cheio da minha rosa
Não te encanta
Por que me devoras
Num olhar de partida?

Sendo que,
A aurora nos enrola
Tornando-me uma marta
E você, um mastodonte

Tu te entregas
Como um rapaz faceiro
Torna-te impávido
E recita teus versos insólitos

Não negue o teu amor, José
Envolva-te além do espelho

Recorra à flor amarela
Que atrás do monte
Morre...

Morre pela tua frieza.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ela passa

Quando você precisar de alguém pra segurar sua mão,
Verás que já não me encontro ao teu lado.
Quando sentar no silêncio e ouvir teu coração,
Saiba que lá ainda me encontro.
E um dia,
Quando tu caminhares sozinho
Entenderás que eu estou com você
Num lugar profundo de seu peito angustiado.
Num lugar onde eu já não sei sair.
E quando olhares pro céu,
Saiba que olho por você.
Te vejo caminhar,
E te mando minha luz.
E quando perceberes,
Que tudo que te envolve
É proteção do meu amor
Já estarei longe.
Tão longe,
Que serei uma estrela.
A estrela que mais brilha sobre você,
A estrela que brilha seu amor.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Preta, Linda, Minha.

Preta,
Preta linda.
Vem sambar no meu quintal
Vem passar o meu café
E vem preta,
Bem
Como você é.
Vem no rebolado
Que eu gosto
Vem me fazer um cafuné...
Eu juro, preta
Serei o teu José.

Boas esperanças!

Não há metas que não possam ser cumpridas.
Não há meias verdades ou quase mentiras.
Não há sonhos impossíveis,
Mas sim sonhos difíceis.
Não há meio-amor,
E nem amor a primeira vista.
Há sim
As tuas crenças.
As minhas crenças.
As nossas crenças.
Então levante-se,
Ergue essa cabeça.
E corra atrás do que você quer.
E vá até o fim.
E se precisar,
Pegue na minha mão.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A falta do ponto final

Sentou pra esperar
- Morte, morte, morte!
Ela torcia angustiada
Mas dessa vez
Ela queria esperá-la sozinha
Cinco ser quatro, seria difícil
Agora, cinco ser duas, quase impossível.
E por sorte, naquele ponto,
Não era o ponto final.

sábado, 27 de novembro de 2010

O tempo espera por você

Peito em aperto
Coração sem jeito
É hora de dizer
É hora de escolher.
Seu coração
Pode com só uma
Não quero mais o quase
A metade
O entrelace
Do mal passado.
O inacabado
Tem um fim.
É hora de dizer:
Eu preciso de você.
Mas cansei,
Ser parte
Não me convém.
E se a excessão
Não chamar meu nome
Eu pego carona
E partirei.
Junto ao insolúvel
Sentimento
Que um dia você plantou
E esqueceu de vir colher.

sábado, 20 de novembro de 2010

Numa noite qualquer...

Apaguem!
Apaguem todas as luzes da cidade.
Que a lua está cheia
Cheia de corações partidos.
E hoje, eu sentarei com ela
E eu deixarei a luz...
A luz do meu amor
Brilhar por ela.
Para que você
No mais grave acorde
Deixe seu violão,
Assustado com tanto amor.
E enfim
Dê mão à contra-mão
E chegue até a lua
Que guardei
Dentro de mim
Tão reluzente
Pra quando amanhecer
Juntos
Nascermos Sol.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tu

O teu amor: Ora nasce, ora morre.
Mas nunca, não sabe como é bom!
Nunca se entrega ao samba de meu coração.

Nonetos

Já fomos tanto
Já fomos compostos por outros
Tantos nos deixaram
E outros chegaram

No ciclo final
Na vitória,
O time

O conjunto de
Vinte e três!

Vinte e três soberanos
Vinte e três pequenos
Vinte e três e um coração

Todos dão as mãos
E num gesto de agradecimento
São aplaudidos.

Mais uma etapa,
- Que graça!

Muitos seguem caminhos diferentes
E outros, unidos permanecem.

Mas em um só dia,
Que é esse dia
Que todos se aplaudem,
Que se perdoam

E que falam uns aos outros:
"Foi bom viver com você, amigo."

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Espero-te no próximo vagão

Mesmo que meu amor
Ainda borbulhe dentro
Daquela panela
Que botei pra cozinhar

Já não me cabe sofrer!
Vou me alimentar desse caldo
E servirei à ti
O maior prato.

Se pensas que é
Para nosso lanço se entrelaçar,
Não!

Deixo-te comer com um pedaço de pão
Que é apenas,
Nada mais, eu juro
Para confortar-lhe e esquentar-lhe

Eu preciso apenas
De um olhar teu
Nem toque, nem nada
Meu coração se acalmaria, afinal.

Mas me olhe
Com aquele olhar

Aquele olhar que eu gosto
Aquele olhar que nunca entendi
Aquele olhar que me devora

E depois,
Me devore em pensamento
E me ame
Ame, sem juramento.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

É preciso saber ser homem

Ai como eu queria ser homem
Para terno eu usar
Terno daqueles bem elegantes
Que faz a gente brilhar!

Ai como eu queria ser homem
Para que em uma mulher
Meu amor eu despejar
Uma mulher daquelas bem pequenas
Que faz a gente delirar!

Ai como eu queria ser homem
Para debaixo da tua janela ficar
Cantar todo meu amor
E com balde d'água ou não
Uma flor eu lhe enviar.

Ai como eu queria ser homem
Para não querer outro homem
Não pensar em outro homem
E amar apenas o homem
Que é meu pai.

Ai como eu queria ser homem
E ser tão homem
De admitir que homem
Também sabe amar.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dona Zilda excruciou

Andorinhas já não querem voar
O céu não abre a um tempão.
A chuva é tão fina - Meu Deus,
O que foi que aconteceu?

As árvores estão escassas
E o amor outra vez perdido.

A maquiagem borrada
O chão sujo e,
A casinha vazia

Consequente à ida de Dona Zilda.
Que se foi
Levando a cor
O amor
De todo mundo.

Donde flores
Pássaros e
Outros rabiscos

Eram arte do amor
Em quadro vivo.

domingo, 17 de outubro de 2010

Um poema desequilibrado

Junto ao meu cigarro de palha
Vou à lua, meu bem
Deixo-te na rua
À procura de um outro alguém

Já não me importo
Meu mundo gira tão depressa
Que não sei

Aonde está o teu amor,
Que tu guardou,
Que tu jurou

Nas noites e
Também nos dias
De calor?

Pode levar,
Leve tudo de mim.

Já não quero saber
De nada que rime com dor
De nada que lembre você.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não peço que vá, mas pode ir

E se quer saber...
Já não vou mais implorar para que você não vá.
Se quer me deixar...
Então por favor,
Não demore!
Um momento? Alguns minutos?
Já não me importa!
Se quer... vá,
Mas vá devagar.
Vá de mansinho,
Não me deixe machucada,
Vá com carinho.
E vá dizendo que volta.
Volta para mais uma revolta,
Que é a sua partida.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Reproduza o que restou

Queria eu,
Filtrar toda minha sensibilidade
Colocar dentro duma sacola,
E dentro do lixo deixar.

Para que eu pudesse esquecer,
Todo o amargo do passado.
Para meu coração finalmente
Se abrir para a felicidade que a espera

De baixo da janela.
Junto a uma roseira
Que jamais padece!

O que foi e veio,
O que é par ou ímpar,
O que jamais tememos!

O amor que canta
Acompanhado dos raios de sol
Que faz com que eu lhe lance tal pedido:

Abra bem teu coração,
Os braços, um de um lado
O outro do lado oposto

Ouça lentamente
Meus pequenos passos
Que ligeiramente limitados
Estremecem.

Cante o sorriso dos meus lábios
Que acompanhado de um calor intenso
De amor, fúria e desespero

Espera apenas
O toque suave
Do resto do amor
Que você guardou
Em uma caixinha de porcelana.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O passado passou

Aquelas estrelas poderiam ser apagadas.
As feridas, cicatrizadas.

Poderíamos viver daqui pra frente.
Eu poderia parar de chorar.

Poderia eu virar uma grande poeta.
Para colocar-te nos mais lindos poemas.

Queria eu, ser teu grande sonho.
O teu maior desejo.

As horas, os dias, poderiam voltar.
Eu correria para apagar

Toda aquela mágoa.
Nada de angústia.

Coração,
Eu não posso sonhar sozinha.

Venha comigo.
Cante alto nos meus ouvidos.

Vamos pintar a felicidade,
N'um grande quadro

Com pincéis sujos de colorido
E nada de preto.

Vamos pintar amor.
Vamos fazer amor.
Vamos contemplar amor

A grande realidade que é viver.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O único amor

Meu bem,
Olhe o bem que você me faz.
Chega a me fazer mal

Por não poder,
Por não saber
Dar-te tanto carinho em troca.

Não sei como deixei chegar a esse ponto
Eu mendigo teu amor.

Te encontro no elevador,
E peço-lhe ajuda.

Para controlar-me diante de tanto amor.
Para acalmar meu coração.
Para me dar a mão e levar-me a eternidade.

Se eu pudesse,
Oh! Se você quisesse,
Nós poderíamos apagar todas nossas manchas pretas.

Oh meu bem!
Nós poderíamos sonhar.

Cale-se agora

Suas críticas são sem fundamento.
Saia de perto de mim com todo esse preconceito.

Teu grande problema é achar que é o melhor.
O herói.

É de sangue!

Pare de criticar quem muito tem a passar.
Você tampouco entende tudo que diz.

Abaixe esse nariz e cale-se agora!
Ninguém lhe aguenta mais.

Vá!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Nudez de amor

A chuva caía, torta
Eu não sabia se tinha ou não
Um amor.

A energia acaba
E a escuridão padece.

Gritos, velas sendo acesas
E apagadas.

Era tudo
Era meu coração ferido
E confuso e triste

Alma agoniada
Abandonada e velha

Não sei para onde olho.
É sempre a mesma direção,
A mesma dor.

Mas desta vez,
A chuva piorou...
A chuva entortou.

... Enfim, estou mais uma vez
Sem você.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Uma criança qualquer, mas criança

Um caminho longo
Rapidamente estava percorrendo-o.
Pensamentos obscuros.
Insatisfação.
Logo ao fim,
Eu, tão séria
Deparo com uma pequena criança.
Eu, tão fora do meu mundo
Sorrio.
Ela vinha em minha direção
Sorriu.
Eu, uma estranha.
Deu um pulo,
Com seus cabelos claros e encaracolados.
Uma alegria sem fim
Disse, apenas, e feliz:
- Oi.
Eu, uma boa cidadã:
- Oi - e um sorriso sincero
Como eu nunca havia dado antes,
Despertou-se de mim.
Ela completou à sua acompanhante:
- Ela me disse oi. (riu)
Desci aquele último morro, enfim
Satisfeita.
Com a frase do filósofo na cabeça:
"Seja como as crianças: felizes por não terem preocupações."
Dobro a esquina.
Emociada.
Deparo-me com as velhas e verdes montanhas.
Que já não eram tão verdes.
Mas ainda belas.
E ainda maiores.
Que foi capaz de deixar tudo muito pequeno. (muito pequeno)
Necessitei de felicidade.
E desejei ser outra vez, uma criança.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um dia, talvez... serei o teu sol

Dou-te, hoje, o que sempre quis.
Dou-te carinho.
Dou-te amor.
Dou-te compreensão.
Dou-te apoio.
Dou-te mais de um sorriso.
Dou-te, mais uma vez, o meu coração.
Dou-te o meu perdão.
Dou-te, ainda assim, a liberdade.
Quão desejada liberdade.

- Ora essa! O que te faz infeliz, jovem rapaz?
O que queres de mim?

Tornei-me a tua falta de desejo,
Ou tornei-me o teu maior desejo?
Sim ou não. Tornei-me o teu martírio.
Enquanto deveria ser o teu sol.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Eu nunca soube

Minha luz apagou-se a um bom tempo.

Acostumada com o silêncio,
Com o excesso de seriedade
Já não sei sorrir.

E por ser a mais feliz,
É que choro.

Já não sei ser feliz.

Um renascimento, talvez...
Traria-me de volta.

Sou tão neutra, que nem sei.
Não sei te fazer feliz.

Que em versos não cabem
A angústia de ser feliz.

Nunca tive tanto,
É por isso que estou assim.

Que por sentir-me pó,
Afoguei-me tanto em solidão
Que talvez... o motivo de estar perdida.

Perdi-me tentando encontrar-te
Em um lugar onde sempre esteve

E estava,
E veio e me amou.

Mas eu não suporto.
Eu não sei
Ser feliz.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O gato que deveria ser gato

O gato amarelo caminha sobre o telhado.
E sob o céu açucarado.
Sem direção.
Sem miar.
Ele sorria.
Nunca havia visto um gato assim.
Nunca havia visto um gato aqui.
Amarelo amarronzado.
Ele começa a sambar.
Mas que sonho louco!
Gato que não mia.
Gato que sorria.
Gato que sambava.
Gato e suas listras.
Gato que não é gato.
Gato que assovia.
Gato sob o céu.
Sorri e Samba.
Assovia e canta.
Que maldito gato!
Já não é amarelo,
E não mais gato.
Tem medo de altura.
Coloca a mão na cintura
E não pára. Mas que gato...
Safado!
Gato gato, gato sapato.
Gato azul, céu azul.
Tomava banho e era gato.
Gato céu, banho azul.
Amarelo o sorriso
E gato seu rosto.
Gato e seu curto rabo.
Gato e suas três vidas
Que se foram...
Sobre o céu avermelhado anil.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ao perder meu medo.

Feche seus olhos, tocarei-te!
Aprecie-me como uma brisa.
Direi palavras ao pé de seu ouvido.
Suave. Lento. Calmo.
Perderei todo meu medo. Entregarei-me a ti!
Te prometo! Te juro!
Serei novamente, a sua.
A Lua.

Sobre e sob meu amor

Então diga que sabe.
Então diga que sente.
Ou então, não diga.

Apenas saiba! Apenas sinta!

Se não consegue,
Eu te entendo.
Eu sei. Eu sinto.

Se não demonstro,
Se tornei-me "isto".
Perdoe-me, eu sinto

Muito.

Entenda! Saiba! Sinta!

Se eu sei?
Sim, eu sei.

Amor. Razão. Perigo.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A ardência do amor entre amantes

De longe,
Tão longe
O lindo amante.

De um velho amor
De fortes ventos

Que viveram um longo ano
Na contramão

Erra! Errou! Erraram!
Erramos.

Mas com o limpo coração
Para o perdão.

Recomeça! Recomeçou! Recomeçaram!
Recomeçamos.

Em lindas e lindas noites de amor.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ela deve ter me conhecido antes mesmo de eu saber.
Ela escreveu muitas vezes para mim.
Hoje escrevo para ela. E às vezes, com ela.

(referindo-me a Clarice Lispector)
Errou. Mas com a dignidade de saber que errou.
Erre! Mas me deixe em paz.
Vejo a vida como virar-se de ponta cabeça, abrir os olhos e olhar diretamente ao sol. Você acaba fechando os olhos. Mas você sobrevive.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nada apaga

Olhou para a faca mais afiada, foi correndo em sua direção.
Não pensou duas vezes. A sua frente, a suposta amada.
Encravou em seu peito a tal faca. Escrevendo horríveis palavras.
Ela o olhava ainda como um rei, por alguns minutos adormeceu.
Lá em seu peito: "O nosso fim."

Ela, ao acordar, já no hospital.
Olhou a ele, e ainda sorriu.
Não sabia dizer "eu te amo", mas o amava.
Ainda assim...

E por mais pouquíssimas horas, seu corpo ainda estava vivo.
Porque ela, não mais.

Ele desesperou-se. Dizia o quanto a amava!
O quanto se arrependera de tal acontecimento.
Mas ela, quase não respirava mais...

Suas últimas palavras foram: "Eu lhe perdoo."
Morre. E de uma vez por todas, morre.

domingo, 6 de junho de 2010

Amadurecendo

Uma, duas,
Talvez centenas de ferrovias.

Todas para um só trem.
O seu trem.

Não estou te esperando...

Não na primeira, e nem na segunda.
Mas talvez, na última delas.

Não tenho pressa.
Eu tenho tempo!

Relógio?
Já joguei todos eles fora.

Venha com calma.
Aproveite para chorar.

E pense bem:
Quer mesmo que eu lhe espere?

Vou caminhando sozinha,
Este trem é somente teu.

Esperarei ansiosa,
Posso até morrer lhe esperando.

Mas vou esperar.
Para ao menos ver-te chegar.

Nada simples.
A última ferrovia.

Onde ficará dentro do trem...
O menino.

E descerá para me amar,
O homem.

O meu homem,
O meu Alfredo!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Não sei bem quem sou

Se eu disser que lhe conheço, minto.
Se eu disser que conheço alguém, engano-me.
Se alguém ousou dizer que me conhece, mentiu e enganou-se.
Sou mais que um quebra-cabeça de cinco mil peças. Não ouse perguntar quem sou. Do que sei? Eu tampouco sei. Eu sou meu próprio mistério. A cada dia descubro uma nova peça, perdida ou nova. A cada dia cresço. Torno-me cada vez mais difícil. Não há alguém que me revele, que me desvende, que me complete. Há aqueles que deixaram comigo, algumas de suas peças. Há aqueles que destruíram algumas delas. Mas não há aqueles que eu dedico essa complicação, que sou eu. Há dias que sou Isa, há dias que sou Bella, há dias que sou Isabella. Também há aqueles que não sou nenhuma delas, sou somente Eu. Há dias que nos quais eu nem existo, sou apenas uma máscara.
Há dias, muitos dias, meses, quase quatorze anos. Sou a que mais e menos sabe do sujeito "mim". O eu? Quem é esse? É meu?
Não sou somente isso. Sou aquilo, aquele, você, fulano e sicrano. Posso ser amor, dor e magia. Quero ser poeta, dele e este.
Se achas que me conhece, pode ser que sim. Mas não diga que completamente. Diga que conhece algumas peças, que podem transformar-se em conjuntos e sentimentos.
E este nome que me deram? Essa sou eu? Essa é dela? Jamais bela.
Sou louca, pouca, justa. Sou mais complexa que eu mesma.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Este meu olhar

Torna-se arma.
Envergonha, mata, destrói.
Silencioso, constante, penetrante demais.
Uma profundidade tamanha. Tome cuidado!
Você pode se afogar.

Os meus velhos porquês

Porque? Por quê? Porquê?
Pra que? Com qual finalidade?
Aquela canção? A minha reação?
Como eu saberia? Você tampouco sabia...
Ô meu lindo garoto, um tardio agradecimento.
Ô meu garoto lindo, é totalmente de coração.
Se erro ou não, eu jamais saberia.
Se te perdoou ou não? Ô meu amor.
Minha intenção não é te ferir.
Não sei bem o que lhe dizer,
Mas talvez eu não seja tudo.
Diga-me então: Por quê?
E hoje, mais uma vez: Porque?
Tente me dizer.

sábado, 29 de maio de 2010

Meu bem, não demore

Isso meu bem,
Fique por aqui.
Mas está na minha hora,
Não tema. Não, jamais!
Quem sabe eu volto.
Mas primeiro, amadureça.
Sabes então quem és? (sei que não)
Saia dessa. Quero ver-te crescer.
Escolha com quem quer ficar.
Não fira mais corações.
O meu, está com você.
Cuide bem dele.
Voltarei para buscá-lo
Mas se eu demorar,
Não tema. Não, jamais!
Mande-o por correio.
Junto a um sorriso e um beijo.
Mas meu bem,
Não, não demore.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Homem que nunca foi meu

Bom dia, homem meu!
Olhe este café, especialmente pra você.

Homem meu, homem meu

Observe através daquela janela
O sol, somente pra você.

Homem, homem, homem meu
É pra você esta rosa vermelha.
Você pode ver? Podes me ver?

Tome, para você
Meu coração, homem bom.

Veja aquela estrada
Vou agora seguí-la

Eu sinto muito, homem meu.

Mas dei-lhe de tudo
E você nem sequer viu.

Adeus homem João,
Este que nunca foi meu.

Comece a sentir.
És mesmo um homem bom?
Uma pena, enganei-me.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Se eu tenho que sofrer, que eu sofra de uma vez por todas. Eu não suportaria reviver esta dor. Não é fácil viver sem você. Mas eu jamais voltaria a viver junto a ti.
Sofro. Mas tanto faz... Lastimo, muito!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Não vou voltar.

Tornei-me muda, mudei.
Sim ou não. A razão prevalece.
A palavra 'adeus' tornou-se a mais difícil.
Tive que ir, já era hora.

O trem passava lá fora.
Eu tive que partir.

Mas querido, não se esqueça.
Mas querido, nosso barco estava afundando.
Mas querido, lembrarei de ti.

Deixei a ti,
Meu coração.

Mas querido, não ligue para estas minhas lágrimas.
Mas querido, eu lhe escreverei.
Mas querido, foi você quem escolheu.

(FEITO EM: manhã de segunda-feira, 24/05/2010)

sábado, 22 de maio de 2010

A prostituta dos lábios vermelhos

Das melhores prostitutas.
Se houver dúvidas, a melhor.
Ganhava para o pão de cada dia.
Aquilo não era opção,
Era sobrevivência.

Até que um amigo de seus melhores "freguêses"
Pagou pelo seu serviço.
Era irrecusável,
Mais um dinheiro, oras.

Partiram para a noitada...

A partir de aquele momento:
Nús. Sozinhos. Compartilhando o mesmo prazer,
Ela sentiu algo forte.

Olhava-o como se fosse um rei.
Não fazia mais por dinheiro.
Mas sim, por amor.

Ele, um poeta.
Passou a ser, o preferido então.

domingo, 16 de maio de 2010

Dois pontos, abre parênteses

O problema é que eu já não consigo dormir.
Minhas noites tornaram-se dias.
Meus dias, noites.

Adeus. Não só pra você,
Mas pra todos.
Quem sabe, para vida.

Quero viver em outro mundo,
Quem sabe Vênus, Você, Voltar.

Minha alma está doente,
Quem sabe, amanhã.

Não se incomode,
Se me ver aos prantos.

Quem sabe, eu tenha caído de vez.

Indecisão

Coração, Razão.
Coração, Razão.

Qual seguir?
Coração? Razão?

Dou um grito perturbador.
Para parar de ouvi-los.

Indecisão.
Coração, Razão.
Razão,

Pára de doer. Pare
Coração,

Devo lhe ouvir?
Ahh! Perturbador.
Está na hora de seguir um rumo.


Experimentei do Paraíso,
Do Inferno e um pouco do Arrependimento.
Oh Razão! Oh Coração!
Qual de vocês me libertarão?


Abrace-me!
Querido Sol, que me abandonaste.
Leve-me contigo!
Coração, Razão. Não!

Estaria vivendo minha própria morte?
Mais um grito pertubardor.

Razão, Coração.
Razão, Coração.

Seria melhor uma terceira opção.

Maldita Frustação.

Cansem-se de mim.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Anjo Gabriel

Quando comecei a dar meus primeiros passos sozinha, sem tanta precisão de meus pais. Logo, no caminho, me apareceu algo estranho. Era um anjo. De cabelos encaracolados e uma de suas unhas estava sempre preta. Perguntei seu nome, e ele me respondeu: Gabriel. E logo sorriu pra mim. Continuei caminhando, e aquele anjo gordinho, com os dedos do pé comparados a de um mutante, sempre estava ao meu lado. E eu cai, ele me levantou. Ele caiu, eu o levantei. (com uma certa dificuldade, rs)
Um longo caminho eu já havia percorrido. Gabriel às vezes desaparecia, mas estava sempre comigo. Afinal, ele é/era um anjo. Quantas vezes ele havia me ajudado!? Quantas vezes o ajudei!?
Até que ele me chamou de irmã. E entendi que toda aquela semelhança (espiritual) não era por acaso. Nunca tivemos o mesmo sangue, mas éramos sim, irmãos. Tão unidos, tão engraçados, brigávamos sempre, até perdíamos o respeito de um para com o outro. Mas estávamos sempre sorrindo. Juntos.
Tanto tempo se passou. Anos. Descobri então, que aquele anjo estava comigo a muito tempo, desde pequenininhos. Éramos anões.
Hoje ainda está comigo, cortou seus cachos, já não é gordinho, cresceu, mas continuou me amparando. Sendo meu maior ponto de apoio, o meu melhor amigo, meu irmão. Meu anjo, meu anjo Gabriel.

(Pra tú, gabba! s2)

Eu realmente não sei

Não sei como está lá fora.
Não sei se chove
Se há sol.

As nuvens estão borradas?
E você, como está?

As janelas continuam intocadas.
Estou dentro de mim

Escuro, deserto
Sólida

Quando eu sair daqui,
você estará me esperando?

Olha, eu nunca pensei que
Isso pudesse acontecer
Mas lembrei de teus braços me acolhendo no frio.

Não sei se devo dizer,
Mas estou morrendo.

Você continua feliz?

Até mais Amor.

Não posso continuar nesta bolha.
Você está me fazendo viver,
Mas não sei se devo continuar.

Narcisos

Não sei se vivo,
Não sei se morro.
Sei que sofro.

Nada,
Pouco,
Muito.

Acredito que possa ser um sonho.
Como sonhar com narcisos.

Vou, voar.
Voar vindo
Sonhar

O labirinto
Acorde!

Minto,
Onde está o instinto?

Não sei se acredito,
Ou se vivo.

Se morro,
E minto.

Os narcisos,
Não passam de sonhos.

A manhã chegará,
O sonho acabará.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O urubu, Maria, preto!
Sabes o que ele diz?
Nos tras morte! Me tras...
A esperada morte.
Adeus Urubu! Adeus Maria!
Vou-me indo.
A morte me parece mais confortável.

Per... Fume

Há algum tempo,
Seis, sete, dezessete
Dias.

Lá ficou...

Fui embora, foi
Embora, agora
Ora!

O reflexo
Não és tu,
Não é ela,
Quem é Della?

O este,
Com olhar vazio.
Doente

Não dorme, não
come, Bebe
dia-a-dia
Logo de manhã.

A noite, o per
...Fume! De Arthur
Prensente em um passado

Foi-se então, fomos
Fui!
Te socorrer.

Hoje, estamos longe (de nós mesmos)

E ali, logo ali,
Tão perto, e tão distante de mim.

Não se mexia, estava tão sério.
Aquilo não me incomodava, nada.

Parecia outra pessoa,
Mas eu não podia acreditar que ele havia mudado.

Era só um momento,
ele nem se quer lembrou-se de mim.

Sabia que eu estava ali,
Mas... Nada!

E eu rindo que nem uma louca,
Quem disse que tudo aquilo era alegria?

Tão longe...

Vi-o indo embora, mais uma vez.
Tudo se tornou a repetir.

E além de tudo,
Vê-lo, mesmo que distante, acalmava-me.

Mesmo que no agito do meu coração,
lágrimas vazias caíam.

Mas eu devia estar calma...
E longe.

Tornei-me uma máscara,
De mim mesma.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pequenina

Desceu as escadas de sua casa.
Era de manhã, olhou a sua volta.
Paisagem flutuante.
Caminhou sozinha até pergar seu ônibus.
Não queria falar, e nem pensar.
Aquilo doía, ardia.
Lembrou-se de que aquele ônibus preto,
Poderia ser a morte.
E lamentou-se por não ser.
Engoliu tantas lágrimas,
E carregava tantas outras em seu olhar.
Notava-se que estava perdida.
Não acreditava mais em si.
Oh pequenina!
O que será que tinha acontecido?
Tão nova! Tão feliz!
Entendi então que aquela menina,
Amava.
E por amar,
Sofria.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vazio.

Dentro de mim,
Tão vazio, chegava a ecoar.
Parecia o gato preto da rua.
Morto, mas que via tudo passar.
Eu sinto muito.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Com a leveza em minh'alma, o céu estrelou. (como em meu coração, as flores fluiram)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pai

Pai,
Nesse teu olhar que busca ao chão,
Eu pude notar.

Que está tentando não pensar que isto
Está prestes a 'acabar'. (mais uma vez)

Pai,
Sei que quando você deitou-se em tua cama,
Tentou evitar mais uma dor.

Pode ter sido em meus sonhos, ou foi real.
Eu me lembro do teu beijo. Despediu-se!

Pôde deixar meu coração,
Em pedaços.

E na tua falta,
Na saudade,
Eu posso lhe esperar.

Mesmo que demore.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Maria Rita

Amarga.
Pequenina e amarga.
A filha da advogada.
Rebelde. Sem causa, mas rebelde.
Muito falante. Que diabos!
Chegava a magoar com seus trovões. (ou palavras)
Pessimista. Realista. Incontrolável.
Porém, sonhadora.
Provava de Amor Correspondido.
Sua mãe dizia que ele não era um bom rapaz.
Músico! Que vivia embriagado.
Nervosa. Descabelava-se. Chegava a chorar!
Dava dó, coitada!
Mas sua determinação...
a fazia viver, e lutar.
Por amor. Com pouca razão.

sexta-feira, 26 de março de 2010

As verdes montanhas

Estive no meio da rua,
Admirando um céu alaranjado, com nuvens borradas.
Prendera minha atenção.

Dobro a esquina, e ergo a cabeça
Lá, ao longe.

Montanhas verdes, tão verdes.
Destacadas.
Ao seu redor, o céu azul.
Quão lindo o azul!

Parecia até um desenho.
Era como em meus sonhos.

A chuva caía cada vez mais intensa,
Ainda não estava forte.

Eu não sabia o que fazer,
Me senti perdida diante de tanta beleza.

Corri.
Senti-me cada vez mais livre.

Aquele verde que brilhava.
Intensificou o momento.
O meu momento.

De felicidade.
Liberdade.

Me vi lá em cima,
junto àquele que já me fazia flutuar.
Aqui em baixo.

Preencheu-me!
Oh, natureza.

sábado, 20 de março de 2010

Mais uma vez, ele se foi...

"Pequenina" - exclamou.

Não era tarde, e nem chovia.
Pessoas, canções, uma comemoração.
Então, ao banco a minha frente se sentou.
Aquela era a direção. Alguns desvios de olhares,
outros Penetrantes demais.
Que hoje, já não sei o que querem me dizer.
Um frio, que vinha de dentro. D'alma.
Ah! Como eu poderia dizer que não havia problema?
Talvez nem precisava dizer.

Foi-se embora então.
Deixando-me olhando em todas direções. Nada.
Foi-se! Ele se foi...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Símbolos

Se o poder da palavra, servir-te de abrigo.
Acolha-te! Pois são apenas símbolos do meu perigo.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Vá Saudade!

Vá Saudade!
Diga-me, também, adeus.
Não quero mais seus carinhos,
e nem mesmo suas malícias.
Me deixe sozinha,
eu não te quero, não quero.
Então vá,
siga o teu caminho.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Agora, é só na lembrança. (e no coração)

Vou finjir não saber da tua existência.
Como você faz com a minha.
Vou sorrir, mesmo se o que quero é chorar.
Vou inventar sonhos, lutar.
Quero saber do meu coração,
se pra você, digo não.
Vou morar em outro lugar,
você não me verá passar.
Quem sabe um dia, de mim se lembrará?

Na memória deixarei,
tudo que sinto, guardarei.
Não vou mais sofrer. Pra que sofrer?

Adeus, o que foi todo seu um dia,
agora é meu. E não. Não vou esquecer.

(FEITO EM: 24/02/2010)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Talvez, saudade

Nem tudo continuou como há oito anos atrás.
Pra comer, as mesmas mesas.

Logo, a dimensão é menor.
A alegria era bem maior.

Hoje, tudo parece ser tão pequeno.
Falta um brilho de quando na infância.

A saudade dos olhos de criança.
De ver tudo com grandeza.

A sopa, merendeiras.
O parquinho. Esconde-esconde.

Mesas em quatro lugares.
Agora são mesas individuais.

Éramos mais unidos,
Mais crianças.

Alguns professores continuaram,
Nós crescemos!

Nada é tão nostálgico,
como viajar a seu passado.

(FEITO EM:01/02/2010) [postado atrasado, pois estava foragido. rs]

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um mal escrito, sempre há um desespero.

(FEITO EM: 17/02/2010)
Um mal escrito, sempre há um desespero.

(FEITO EM: 17/02/2010)

...

Pessoas ficaram escuras, piadas sem graça.
Começo a correr em direção contrária.
Seguindo meu caminho, sozinha.
De pés no chão, sentindo a areia serena.
Com a cara fechada, escondendo um sorriso a ser dado.
Caminho em meus pequenos passos, a pensar em atos e atrocidades.
Uma lágrima, talvez três.
Pequenos sorrisos e algumas garrafas quebradas pelo chão.
Estrada deserta, folhas caídas de outono.
Ao meu redor, lindas montanhas.
Que não vejo beleza, sequer.
Canto da mais velhas canções, mas não adianta.
Continuo seguindo meu caminho, sem direção.
Até que sinto um vazio, grande e profundo.
Não sei mais identificar sentimentos...

A única coisa que eu queria,
era sua voz de minha trilha sonora.

(FEITO EM: 17/02/2010)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

...

Mandei-te por correio,
meu coração e dois beijos.


(FEITO EM: 06/01/10)

Na magia da lembrança...

Seus lábios junto ao seu perfume,
Trazia naqueles fins de tarde, paz.

Tudo era um sonho novo,
Eu pude chorar.

Na calçada,
Conversando coisas que hoje já nem sei.

Corriam-se longas horas,
Que não vimos passar.

Alguns olhares,
E um início de uma historia.

De amor, com amor.

Bate-me então, uma dor de saudade.
Uma vontade de voltar ao tempo.

Mas não ligo, eu sei
você já era capaz de mudar meu caminho.


(FEITO EM: 05/01/10)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Carta.

Acordo então, pela quinta manhã sem você. O que há com meu coração? Senti-se sozinho mais uma vez. Depois de uma boa noite de sono, sonhos. Tenho sonhos então, que poderiam ser realidade. Você me amando, você dizendo me amar. Fazendo carinho, a me beijar. O que há de errado? O que há de errado em amar alguém assim?
Sinto que falta-me um pedaço, quase inteiro. Esse pedaço pode se regenerar. Mas o que eu quero, o que de lá de dentro me grita é: Me traga o pedaço de volta, ele sim me completará.
E não ter nada a fazer, é o que me dói. Ver você assim, nem ao menos dizer uma palavra de dentro de mim. Nem dizer o mais velho cliclê: eu te amo.
Sinto falta, de um abraço, de um sorriso acolhedor. E minha alma pergunta: onde está você, Amor?
Tudo começa a ficar cada vez mais difícil, não impossível. Mas, que tempo levará a dor de mim? Quem deixará meu coração livre, pra escolhas?
A vontade de correr em sua direção, dizer coisas exageradas, porém verdadeiras. Se expande a cada instante. E o que farei? Nada, a vida me manda esperar. E até quando eu vou levar o lema de: "O tempo vai curar a dor.'' ?
O tempo vai curar a dor, mas quanto tempo tem o tempo? Não, não posso esperar o tempo chegar. O que eu quero, o tempo talvez não me trará.
Minha esperanças, morrem.. nascem! Lágrimas, vêm... vão! Não têm rumo, cheias de razão.
Lembranças martelam a minha cabeça. Fotos, músicas, poemas.
De um amor bem vivido, da melhor época da minha vida.

Então eu lhe pergunto: PORQUE NÃO LEVOU MEU AMOR CONSIGO?

(FEITO EM: 23/01/10)

Falta-me o Amor.

Falta-me ar,
de dias longos de amor.

Faltou-me ar,
em uma noite de amor.

Quero a falta de ar,
que você me trazia, Amor.

(FEITO EM: 22/01/2010)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Onde está o meu amor? - gritou o coração.

(FEITO EM: 22/01/10)

domingo, 17 de janeiro de 2010

...

Não pude deixar você partir.
Era como entregar minha felicidade.
Para a tristeza.
Foi então,
sem lágrimas
Decidi reconquistar teu amor.

(FEITO EM: 17/01/2010)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Senti-me morta na manhã seguinte. Então chorei e implorei seu amor.

(FEITO EM: 14/01/2010)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Posso afirmar: Não chorei.
Logo concluo: Foram meus olhos que,
não se contentaram em dizer: adeus lágrimas!


(FEITO EM: 12/01/2010)
Você esconde o quanto pode me amar.

(FEITO EM: 11/01/2010)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Nem a mais real história é verdade.

Foi causado por alguns pesadelos, um suor frio que me fez acordar. Levantei, tomei um copo d’água bem gelada. Em plena segunda feira, quase seis da manhã. Logo sabia que poucas pessoas estariam acordadas na cidade.
Abri minha janela. Um céu maravilhoso, havia poucas e pequenas estrelas. Fez-me sonhar. Junto ainda com a frieza daquele ar. Senti aquela nostalgia de tempos em que esperei o ônibus da escola sentada na calçada de um bar. Épocas em que eu podia ver sua janela, e saber que lá havia um coração que me pertencia. Um homem que dormia, mas me esperava.
Sonhando e tendo boas lembranças , perdi totalmente o sono. Mesmo cansada, o encanto me conduzia. Amanheceu, o sol pôs-se em seu lugar. E eu ainda estava ali.
Vi então um novo lindo dia a fluir. Senti necessidade de sair e ver o que a cidade me contaria naquela manhã.
Tirei o pijama, coloquei qualquer roupa, lavei o rosto e escovei os dentes. Sabia que tinha que deixar um bilhete aos meus pais. Então no bilhete escrevi: “Fui ver a grandeza desta manhã. Não se preocupem, estarei bem. Muito bem.” Se olhassem lá fora, me entenderiam.
Saindo de minha casa, era preciso agradecer. Foi então que em pequenos sussurros, eu agradeci. Pelo simples fato de existir. Ser grande ao mesmo tempo diante de toda aquela grandeza.


(FEITO EM: 04/01/2010)
Muitas vezes eu quis que a morte fosse um ônibus.

(FEITO EM: 13/12/2009)
Quando acordares, verás que nosso amor é como o sol.

(FEITO EM: 03/12/2009)

E sempre será: eu, você e ela.

Do seu amor,
eu não me canso.
Na janela, todos os dias,
fico a te esperar.

E você não veio.
Ficar sem te ver,
a vida muda de valor.

A lua triste, dorme inconsciente.
Pois tem medo de não te ver chegar.
E assim me deixa sozinha em mais uma noite.

E no outro dia de manhã, o sol lá fora já não é o mesmo;
ele não quer sorrir se você não está aqui.

Com esperanças que ao pôr do sol você chegará,
deito em minha calçada, e admirando as nuvens começo a te imaginar.

O tempo se passa, fecho meus olhos a me lembrar,
de sonhos que a ti, ainda não contei.

Um som de violão chega acompanhado de uma voz que me fez renascer,
olhei para o lado, e era você.

Sentamos e começamos a cantar,
contei de sonhos do coração.

Você segurou a minha mão,
e com os olhos derrubando lágrimas disse que me amava.

E com um longo beijo, a lua cheia nos abraçou
e fez com que nunca mais você partisse..


(FEITO EM: 19/10/2010)
É melhor me segurar de tantos versos de amor. Desespero-me, escrever é o que preciso. Dizer-te em palavras tudo que sinto, não amor não dá. Eu preciso ir sussurrar no seu ouvido, em poucas frases alguns pedidos. Tentar encarar a dor de não te ter aqui comigo. Algum dia veremos pessoas partindo, casais se iludindo e saberemos que esse nosso tempo se passou. E hoje eu sei, que o primeiro sorriso de minha vida, foi por saber que nossos destinos já estavam traçados. Eu juro, já tentei negar e não há como, eu te amo, você é tudo pra mim. Eu encontrei em você, tudo que sempre quis.

(FEITO EM: 01/10/2009)

Eu sempre te amei

Uma foto, um perfume, uma canção,
É sinal de inspiração aos velhos tempos,
Você cresceu, não é como antes
E isso é bom?

Você não pensava só em mim,
Enquanto eu sorria quando você vinha me ver.

Eu já não sei se esse sentimento de volta é bom ou ruim.
Você me fez sofrer

Você estava com outras mulheres,
Enquanto eu esperava a campainha tocar.

Será que naquele dia eu passei pela sua cabeça?
Meu coração doía como dói agora lembrando daqueles velhos dias..

Aquele abraço acolhedor,
A vergonha, um amor não descoberto,
Você trazia um violão, fingia ter coração.

Você já tinha histórias a contar,
eu deixando a infância a te amar.

Eu não me cansei de você,
Eu insisti em nós,
E você fez tudo de brincadeira?
Arriscou-se por prazer?

Algo me diz que errei,
Algo me diz que me enganei.

Só sei que hoje nada é igual...
E você se arrepende de tudo que fez?
Eu viveria tudo outra vez se fosse por você.


(FEITO EM: 29/09/2009)

Soluções

Para sexo,
prazer.
Para a vida,
felicidade.
Para traição,
o fim.
Para culpa,
o perdão.
Para dor,
a morte.
Para Carmelina,
Gregório.
Estava perdida em um mundo. Em um mundo que me fazia chorar, que me fazia desacreditar, que me fazia não fazer.

Viver por você

E a cada dia,
tudo me sufoca,
amor não demore para vir... me ver.

Sorrisos sinceros,
de hoje em diante,
eu prometo viver só pra te ter.

Passaria todo o tempo ao seu lado,
só pra poder te dizer naquelas noites:
eu sou sua, eu sou sua.

Amor não demore para vir... me ver.
Tudo que está em mim, estará em você.

O que há de errado em amar alguém assim?
É verdadeiro, é real, é você

Você

Já não imaginava que tudo chegaria a esse ponto
Não olhou na minha cara;
Fingiu não saber da minha existência;
Não me amou.

Eu esperava uma explicação para aquilo tudo,
mas você nem se quer me procurou, viajou.

Eu te amei, corri atrás
Você sorriu e me disse que estava bem.
Saiu com os amigos, se divertiu
E não sabe que alguém feriu.

Ainda espero pela sua volta,
Mesmo com dor
Esperando pelo amor
Daquele que eu mais amei