terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não peço que vá, mas pode ir

E se quer saber...
Já não vou mais implorar para que você não vá.
Se quer me deixar...
Então por favor,
Não demore!
Um momento? Alguns minutos?
Já não me importa!
Se quer... vá,
Mas vá devagar.
Vá de mansinho,
Não me deixe machucada,
Vá com carinho.
E vá dizendo que volta.
Volta para mais uma revolta,
Que é a sua partida.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Reproduza o que restou

Queria eu,
Filtrar toda minha sensibilidade
Colocar dentro duma sacola,
E dentro do lixo deixar.

Para que eu pudesse esquecer,
Todo o amargo do passado.
Para meu coração finalmente
Se abrir para a felicidade que a espera

De baixo da janela.
Junto a uma roseira
Que jamais padece!

O que foi e veio,
O que é par ou ímpar,
O que jamais tememos!

O amor que canta
Acompanhado dos raios de sol
Que faz com que eu lhe lance tal pedido:

Abra bem teu coração,
Os braços, um de um lado
O outro do lado oposto

Ouça lentamente
Meus pequenos passos
Que ligeiramente limitados
Estremecem.

Cante o sorriso dos meus lábios
Que acompanhado de um calor intenso
De amor, fúria e desespero

Espera apenas
O toque suave
Do resto do amor
Que você guardou
Em uma caixinha de porcelana.