terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dona Zilda excruciou

Andorinhas já não querem voar
O céu não abre a um tempão.
A chuva é tão fina - Meu Deus,
O que foi que aconteceu?

As árvores estão escassas
E o amor outra vez perdido.

A maquiagem borrada
O chão sujo e,
A casinha vazia

Consequente à ida de Dona Zilda.
Que se foi
Levando a cor
O amor
De todo mundo.

Donde flores
Pássaros e
Outros rabiscos

Eram arte do amor
Em quadro vivo.

domingo, 17 de outubro de 2010

Um poema desequilibrado

Junto ao meu cigarro de palha
Vou à lua, meu bem
Deixo-te na rua
À procura de um outro alguém

Já não me importo
Meu mundo gira tão depressa
Que não sei

Aonde está o teu amor,
Que tu guardou,
Que tu jurou

Nas noites e
Também nos dias
De calor?

Pode levar,
Leve tudo de mim.

Já não quero saber
De nada que rime com dor
De nada que lembre você.