segunda-feira, 10 de maio de 2010

Anjo Gabriel

Quando comecei a dar meus primeiros passos sozinha, sem tanta precisão de meus pais. Logo, no caminho, me apareceu algo estranho. Era um anjo. De cabelos encaracolados e uma de suas unhas estava sempre preta. Perguntei seu nome, e ele me respondeu: Gabriel. E logo sorriu pra mim. Continuei caminhando, e aquele anjo gordinho, com os dedos do pé comparados a de um mutante, sempre estava ao meu lado. E eu cai, ele me levantou. Ele caiu, eu o levantei. (com uma certa dificuldade, rs)
Um longo caminho eu já havia percorrido. Gabriel às vezes desaparecia, mas estava sempre comigo. Afinal, ele é/era um anjo. Quantas vezes ele havia me ajudado!? Quantas vezes o ajudei!?
Até que ele me chamou de irmã. E entendi que toda aquela semelhança (espiritual) não era por acaso. Nunca tivemos o mesmo sangue, mas éramos sim, irmãos. Tão unidos, tão engraçados, brigávamos sempre, até perdíamos o respeito de um para com o outro. Mas estávamos sempre sorrindo. Juntos.
Tanto tempo se passou. Anos. Descobri então, que aquele anjo estava comigo a muito tempo, desde pequenininhos. Éramos anões.
Hoje ainda está comigo, cortou seus cachos, já não é gordinho, cresceu, mas continuou me amparando. Sendo meu maior ponto de apoio, o meu melhor amigo, meu irmão. Meu anjo, meu anjo Gabriel.

(Pra tú, gabba! s2)

Eu realmente não sei

Não sei como está lá fora.
Não sei se chove
Se há sol.

As nuvens estão borradas?
E você, como está?

As janelas continuam intocadas.
Estou dentro de mim

Escuro, deserto
Sólida

Quando eu sair daqui,
você estará me esperando?

Olha, eu nunca pensei que
Isso pudesse acontecer
Mas lembrei de teus braços me acolhendo no frio.

Não sei se devo dizer,
Mas estou morrendo.

Você continua feliz?

Até mais Amor.

Não posso continuar nesta bolha.
Você está me fazendo viver,
Mas não sei se devo continuar.

Narcisos

Não sei se vivo,
Não sei se morro.
Sei que sofro.

Nada,
Pouco,
Muito.

Acredito que possa ser um sonho.
Como sonhar com narcisos.

Vou, voar.
Voar vindo
Sonhar

O labirinto
Acorde!

Minto,
Onde está o instinto?

Não sei se acredito,
Ou se vivo.

Se morro,
E minto.

Os narcisos,
Não passam de sonhos.

A manhã chegará,
O sonho acabará.