domingo, 6 de junho de 2010

Amadurecendo

Uma, duas,
Talvez centenas de ferrovias.

Todas para um só trem.
O seu trem.

Não estou te esperando...

Não na primeira, e nem na segunda.
Mas talvez, na última delas.

Não tenho pressa.
Eu tenho tempo!

Relógio?
Já joguei todos eles fora.

Venha com calma.
Aproveite para chorar.

E pense bem:
Quer mesmo que eu lhe espere?

Vou caminhando sozinha,
Este trem é somente teu.

Esperarei ansiosa,
Posso até morrer lhe esperando.

Mas vou esperar.
Para ao menos ver-te chegar.

Nada simples.
A última ferrovia.

Onde ficará dentro do trem...
O menino.

E descerá para me amar,
O homem.

O meu homem,
O meu Alfredo!