quarta-feira, 28 de abril de 2010

O urubu, Maria, preto!
Sabes o que ele diz?
Nos tras morte! Me tras...
A esperada morte.
Adeus Urubu! Adeus Maria!
Vou-me indo.
A morte me parece mais confortável.

Per... Fume

Há algum tempo,
Seis, sete, dezessete
Dias.

Lá ficou...

Fui embora, foi
Embora, agora
Ora!

O reflexo
Não és tu,
Não é ela,
Quem é Della?

O este,
Com olhar vazio.
Doente

Não dorme, não
come, Bebe
dia-a-dia
Logo de manhã.

A noite, o per
...Fume! De Arthur
Prensente em um passado

Foi-se então, fomos
Fui!
Te socorrer.

Hoje, estamos longe (de nós mesmos)

E ali, logo ali,
Tão perto, e tão distante de mim.

Não se mexia, estava tão sério.
Aquilo não me incomodava, nada.

Parecia outra pessoa,
Mas eu não podia acreditar que ele havia mudado.

Era só um momento,
ele nem se quer lembrou-se de mim.

Sabia que eu estava ali,
Mas... Nada!

E eu rindo que nem uma louca,
Quem disse que tudo aquilo era alegria?

Tão longe...

Vi-o indo embora, mais uma vez.
Tudo se tornou a repetir.

E além de tudo,
Vê-lo, mesmo que distante, acalmava-me.

Mesmo que no agito do meu coração,
lágrimas vazias caíam.

Mas eu devia estar calma...
E longe.

Tornei-me uma máscara,
De mim mesma.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pequenina

Desceu as escadas de sua casa.
Era de manhã, olhou a sua volta.
Paisagem flutuante.
Caminhou sozinha até pergar seu ônibus.
Não queria falar, e nem pensar.
Aquilo doía, ardia.
Lembrou-se de que aquele ônibus preto,
Poderia ser a morte.
E lamentou-se por não ser.
Engoliu tantas lágrimas,
E carregava tantas outras em seu olhar.
Notava-se que estava perdida.
Não acreditava mais em si.
Oh pequenina!
O que será que tinha acontecido?
Tão nova! Tão feliz!
Entendi então que aquela menina,
Amava.
E por amar,
Sofria.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vazio.

Dentro de mim,
Tão vazio, chegava a ecoar.
Parecia o gato preto da rua.
Morto, mas que via tudo passar.
Eu sinto muito.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Com a leveza em minh'alma, o céu estrelou. (como em meu coração, as flores fluiram)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pai

Pai,
Nesse teu olhar que busca ao chão,
Eu pude notar.

Que está tentando não pensar que isto
Está prestes a 'acabar'. (mais uma vez)

Pai,
Sei que quando você deitou-se em tua cama,
Tentou evitar mais uma dor.

Pode ter sido em meus sonhos, ou foi real.
Eu me lembro do teu beijo. Despediu-se!

Pôde deixar meu coração,
Em pedaços.

E na tua falta,
Na saudade,
Eu posso lhe esperar.

Mesmo que demore.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Maria Rita

Amarga.
Pequenina e amarga.
A filha da advogada.
Rebelde. Sem causa, mas rebelde.
Muito falante. Que diabos!
Chegava a magoar com seus trovões. (ou palavras)
Pessimista. Realista. Incontrolável.
Porém, sonhadora.
Provava de Amor Correspondido.
Sua mãe dizia que ele não era um bom rapaz.
Músico! Que vivia embriagado.
Nervosa. Descabelava-se. Chegava a chorar!
Dava dó, coitada!
Mas sua determinação...
a fazia viver, e lutar.
Por amor. Com pouca razão.