E dessas flores, José
Qual é a mais bonita?
Desvendas num
Encanto partido
A dor serena
Engole-te sem mastigar
Esse amargo gosto de ferida
E você, José
Por que demonstras que não me quer?
Adoça-te a boca
Com outra saliva
Engana-te boba
A malfeita comida
E se o cheio da minha rosa
Não te encanta
Por que me devoras
Num olhar de partida?
Sendo que,
A aurora nos enrola
Tornando-me uma marta
E você, um mastodonte
Tu te entregas
Como um rapaz faceiro
Torna-te impávido
E recita teus versos insólitos
Não negue o teu amor, José
Envolva-te além do espelho
Recorra à flor amarela
Que atrás do monte
Morre...
Morre pela tua frieza.