terça-feira, 13 de julho de 2010

Nudez de amor

A chuva caía, torta
Eu não sabia se tinha ou não
Um amor.

A energia acaba
E a escuridão padece.

Gritos, velas sendo acesas
E apagadas.

Era tudo
Era meu coração ferido
E confuso e triste

Alma agoniada
Abandonada e velha

Não sei para onde olho.
É sempre a mesma direção,
A mesma dor.

Mas desta vez,
A chuva piorou...
A chuva entortou.

... Enfim, estou mais uma vez
Sem você.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Uma criança qualquer, mas criança

Um caminho longo
Rapidamente estava percorrendo-o.
Pensamentos obscuros.
Insatisfação.
Logo ao fim,
Eu, tão séria
Deparo com uma pequena criança.
Eu, tão fora do meu mundo
Sorrio.
Ela vinha em minha direção
Sorriu.
Eu, uma estranha.
Deu um pulo,
Com seus cabelos claros e encaracolados.
Uma alegria sem fim
Disse, apenas, e feliz:
- Oi.
Eu, uma boa cidadã:
- Oi - e um sorriso sincero
Como eu nunca havia dado antes,
Despertou-se de mim.
Ela completou à sua acompanhante:
- Ela me disse oi. (riu)
Desci aquele último morro, enfim
Satisfeita.
Com a frase do filósofo na cabeça:
"Seja como as crianças: felizes por não terem preocupações."
Dobro a esquina.
Emociada.
Deparo-me com as velhas e verdes montanhas.
Que já não eram tão verdes.
Mas ainda belas.
E ainda maiores.
Que foi capaz de deixar tudo muito pequeno. (muito pequeno)
Necessitei de felicidade.
E desejei ser outra vez, uma criança.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um dia, talvez... serei o teu sol

Dou-te, hoje, o que sempre quis.
Dou-te carinho.
Dou-te amor.
Dou-te compreensão.
Dou-te apoio.
Dou-te mais de um sorriso.
Dou-te, mais uma vez, o meu coração.
Dou-te o meu perdão.
Dou-te, ainda assim, a liberdade.
Quão desejada liberdade.

- Ora essa! O que te faz infeliz, jovem rapaz?
O que queres de mim?

Tornei-me a tua falta de desejo,
Ou tornei-me o teu maior desejo?
Sim ou não. Tornei-me o teu martírio.
Enquanto deveria ser o teu sol.