terça-feira, 6 de julho de 2010

Uma criança qualquer, mas criança

Um caminho longo
Rapidamente estava percorrendo-o.
Pensamentos obscuros.
Insatisfação.
Logo ao fim,
Eu, tão séria
Deparo com uma pequena criança.
Eu, tão fora do meu mundo
Sorrio.
Ela vinha em minha direção
Sorriu.
Eu, uma estranha.
Deu um pulo,
Com seus cabelos claros e encaracolados.
Uma alegria sem fim
Disse, apenas, e feliz:
- Oi.
Eu, uma boa cidadã:
- Oi - e um sorriso sincero
Como eu nunca havia dado antes,
Despertou-se de mim.
Ela completou à sua acompanhante:
- Ela me disse oi. (riu)
Desci aquele último morro, enfim
Satisfeita.
Com a frase do filósofo na cabeça:
"Seja como as crianças: felizes por não terem preocupações."
Dobro a esquina.
Emociada.
Deparo-me com as velhas e verdes montanhas.
Que já não eram tão verdes.
Mas ainda belas.
E ainda maiores.
Que foi capaz de deixar tudo muito pequeno. (muito pequeno)
Necessitei de felicidade.
E desejei ser outra vez, uma criança.