segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Nem a mais real história é verdade.

Foi causado por alguns pesadelos, um suor frio que me fez acordar. Levantei, tomei um copo d’água bem gelada. Em plena segunda feira, quase seis da manhã. Logo sabia que poucas pessoas estariam acordadas na cidade.
Abri minha janela. Um céu maravilhoso, havia poucas e pequenas estrelas. Fez-me sonhar. Junto ainda com a frieza daquele ar. Senti aquela nostalgia de tempos em que esperei o ônibus da escola sentada na calçada de um bar. Épocas em que eu podia ver sua janela, e saber que lá havia um coração que me pertencia. Um homem que dormia, mas me esperava.
Sonhando e tendo boas lembranças , perdi totalmente o sono. Mesmo cansada, o encanto me conduzia. Amanheceu, o sol pôs-se em seu lugar. E eu ainda estava ali.
Vi então um novo lindo dia a fluir. Senti necessidade de sair e ver o que a cidade me contaria naquela manhã.
Tirei o pijama, coloquei qualquer roupa, lavei o rosto e escovei os dentes. Sabia que tinha que deixar um bilhete aos meus pais. Então no bilhete escrevi: “Fui ver a grandeza desta manhã. Não se preocupem, estarei bem. Muito bem.” Se olhassem lá fora, me entenderiam.
Saindo de minha casa, era preciso agradecer. Foi então que em pequenos sussurros, eu agradeci. Pelo simples fato de existir. Ser grande ao mesmo tempo diante de toda aquela grandeza.


(FEITO EM: 04/01/2010)

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